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quarta-feira, janeiro 21, 2015
Harry Potter e o lívre-Arbítrio.
Como vão galera!!! Depois de alguns contratempos, segue o Videocast sobre o livre-arbítrio. E como eu disse no Videocast, aqui vai os links que explicam que presente, passado e futuro ocorrem ao mesmo tempo.
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domingo, janeiro 11, 2015
Êxodo - Deuses e Reis - E a visão judaica.
Olá pessoal. Segue abaixo o videocast com nossas opiniões sobre o filme:
Êxodo - Deuses e Reis
Veja abaixo:
terça-feira, novembro 25, 2014
Cosntantine e O Anel de Salomão.
Assista a cena e depois conversamos:
Pois é... Como pudemos ver, a Zed achou que era a famosa Estrela de
David (Maguen David). Mas Constantine explicou que se tratava do Taba’at
Shlomon (Anel de Salomão) e que esse selo era usado pelo Rei Salomão para
aprisionar gênios (Jinni) e que este selo é perfeito para confeccionar
recipientes que aprisionam demônios.
Tá, beleza... É só um seriado de TV baseado em um personagem de
Histórias em Quadrinhos. Mas de onde os autores do episódio (David S. Goyer e Cameron Welsh)
tiraram essa idéia? Pois aparentemente, isso não é nada judaico. Ou é?
Gênios ou demônios.
Na cena de Constantine, primeiramente ele diz que Salomão recebeu esse
anel diretamente do Céu para aprisionar gênios. E conclui que o anel é tão
poderoso que consegue aprisionar demônios. Mas afinal, qual a diferença de
gênio e demônio?
Gênio – Da palavra árabe “Djin” – Fazem parte tanto da tradição árabe
pré e pós islâmica. São seres elementares de livre arbítrio criados antes da
criação da alma de Adam (Adão). Não confundir com os anjos (Melachim) pois os
anjos são mensageiros e nãopossuem livre-arbítrio. Quando o Eterno criou Adam,
eles se rebelaram contra D’us, pois não aceitavam a nova criatura. Pela sua
rebeldia, foram expulsos do Paraíso se tornando seres perversos. Seu líder
Ibilis foi atirado com todos os outros Djini na Terra.
Demônio – Da palavra Daemon ou daimon (grego δαίμων,
transliteração dáimon, tradução "divindade",
"espírito"), é muito semelhante aos gênios da mitologia árabe. A palavra daimon se originou com os gregos na Antiguidade; no entanto, ao longo da História, surgiram diversas
descrições para esses seres. O nome em latim é dæmon, que veio a dar o
vocábulo em português demônio.
No fim das contas, dá no mesmo. São mitos de povos
diferentes, mas com muita semelhança em comum. Ambos são seres elementais que
infernizam a vida das pessoas. É possível se especular que, a semelhança dos
mitos eram tão parerecidas, que tanto não seria difícil que se fizessem uma
ligação entre esses espíritos malignos e em um determinado momento, o mito do
Anel de Salomão fosse usado tanto para os djinni quanto para os Daemon.
O que diz o Talmud sobre o Anel de Salomão?
Sim... é de origem judaica. Há um registro muito, muito, muito doido
sobre o Anel de Salomão no Talmud, tratado de Gittin 68a-b. Nessa guemarah, os
rabinos discutiam sobre o fato de que não se ouvia barulho de machado, martelo
ou qualquer outra ferramenta na Construção do Primeiro Templo. Quando os
rabinos questionaram como foi possível cortarem as pedras sem ferramentas de
ferro, foi respondido que foi usado o Shamir. Não se sabe exatamente a natureza
desse shamir. Maimônides e Rashi comentam que o shamir era um animal que
cortava as pedras com o olhar. Já o testamento de Salomão diz que o shamir era
um mineral verde retirado do Efode do Cohen Gadol (Sumo Sacerdote). Já, nas
versões traduzidas cristãs, shamir é erroneamente traduzido como diamante ou espinhos.
Por que erroneamente? Pois shamir é shamir e pronto, não tem tradução! Seja lá
o que era esse shamir, deixou os rabinos em dúvida e curiosidade. A questão
era: Como matar essa curiosidade. Alguns rabinos disseram:
“Traga uma demônio macho e fêmea e os amarrem juntos; talvez eles saibam e irão lhes dizer. Então ele [Salomão] trouxe um demônio macho e uma fêmea e os amarraram juntos. Eles [Os demônios] disseram a ele [Salomão]: Nós não sabemos, mas talvez Ashmedai [Asmodeus] o príncipe dos demônios saiba. Eles [os demônios] Disseram [para] Ele [Salomão]. Ele [Salomão] disse a eles [os demônios]: Onde ele [Asmedai] está?” Talmud Bavli - Gittin 68a-b
Sim, isso mesmo que vocês leram. De acordo com o Talmud, havia alguma
coisa que tinha o poder de cortar
pedras chamada shamir. Então Salomão querendo
ter posse desse shamir para cortar as pedras do Templo, prendeu dois demônios
macho e fêmea e perguntou para eles onde estava o shamir, os demônios não
sabiam mas seria possível que o demônio Asmedai (Asmodeus) – o príncipe dos
demônios – soubesse aonde estava o shamir. Na mesma hora, Salomão perguntou
aonde estava Asmedai. O casal de demônios amarrados, disseram que Asmedai
estava em uma certa montanha, onde Asmedai havia cavado um poço e enchido com
água e cobriu com uma pedra e a lacrou com selo. Todo dia ele subia aos céus e
estudava em uma Academia Celeste e depois descia para estudar na Academia
Terrena e depois examinava o selo. Abria o poço e bebia da água, fechava e
lacrava o poço de novo e ia embora. Então, Salomão (que era muito inteligente, em
vez de ir, mandou outra pessoa em seu lugar para prender o demônio) mandou pra
lá Benaiahu filho de Jehoiada, dando a ele uma
corrente na qual estava inscrito o nome Divino e um anel (finalmente, o anel)
que também estava escrito o Nome do Eterno. Levou uma tosa de lã e uma garrafa
de vinho. Benaiahu cavou um poço um pouco mais abaixo da montanha fazendo com a
água fosse drenada. Depois tapou o dreno com a lã. Agora com o poço vazio,
Benaiahu pôs vinho no poço. Depois
se sentou em uma árvore e esperou Asmedai cair na armadilha. Não tardou para
que Asmedai fizesse sua visita diária a Terra e dar aquela examinada básica no
selo de seu poço e beber uma água. Só que ao invés de água, o poço tava cheio
de vinho. E todos sabem o que acontece quando se bebe vinho. Pois é, o Príncipe
dos Demônios ficou doidão e caiu no sono. Daí é só seguir a lógica. Com o Asmedai bêbado, Benaiahu desceu
da árvore e acorrentou o Coisa-Ruim dizendo: “O Nome do seu Mestre está sobre
vós!”
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Ilustração mais conhecida de Asmedai (Asmodeus). |
Então Benaiahu filho de Jehoiada levou o Coisa-Ruim
para Jerusalém. No caminho rolou uma porção de tretas muito loucas (que eu
preferi suprimir, pois é enorme e não irá influenciar na pesquisa sobre o
Shamir e o Anel de Salomão. Talvez quem sabe em uma outra oportunidade).
Continuando... Quando o Tinhoso chegou em Jerusalém teve uma audiência com o
Rei Salomão que disse ao demônio:
“[Rei Salomão diz:] O que eu quero é construir o Templo e eu preciso do shamir. Ele [o Demônio] disse: Não está em minhas mãos, está nas mãos do Príncipe dos Mares que apenas dará [o shamir] para o pica-pau a quem ele [O Príncipes dos Mares] confiou [a guarda do shamir] em juramento.” – Gittin – 68a
O que um pássaro vai fazer com o shamir?! De acordo
com o que se segue no Talmud, o pica-pau leva o shamir para o alto de uma
montanha que não possui vegetação e coloca na ponta de uma pedra. Então shamir
se divide e nascem sementes. Então o pica-pau pega essas sementes e as cultiva.
Assim que Salomão descobre que o shamir pode estar
com o pica-pau e o pica-pau deve estar na montanha, mais uma vez, Benaiahu
filho de Jehoiada foi lá e fez outra armadilha. Dessa vez ele encontrou o ninho
do pica-pau, pois um vidro branco cobrindo o ninho e esperou. O pica-pau (que
não era tão esperto quanto o seu primo dos desenhos) tentou várias vezes entrar
no ninho sem sucesso. Então ele se lembrou e foi buscar o shamir, que corta
qualquer coisa. Quando o pica-pau começou a cortar o vidro, Benaiahu deu um
susto no pássaro, que voou pra longe deixando cair o shamir. Benaiahu na hora
pegou o shamir e levou para o Rei Salomão. Mais tarde o pica-pau suicidou por
vergonha de ter quebrado o juramento ao Príncipe dos Mares (Também conhecido
como Rahav or Rahab).
Daí já sabemos. Salomão construiu o templo usando o
shamir para cortar as pedras. Salomão manteve o Asmedai (Asmodeus) até o fim da
construção do Templo. Mas num belo dia... Quando Salomão estava sozinho como
Asmedai e começou a conversar com o Coisa-Ruim. Salomão disse que ele o teve
como se fosse to'afot reem. Salomão se referia à passagem da Torah em
Shemot/Números:
אל מוציאו ממצרים כתועפת ראם
D’us o tirou do Egito; as suas forças são como as do boi selvagem - shemot/números
24:08)
Salomão então explica que to’afot significa
comandar anjos e reem significa comandar demônios. Nesse momento, Asmedai
desafia Salomão e pergunta qual a superiodade que Salomão tinha sobre os anjos
e demônios. Depois disse:
“Tire essas correntes e me dê seu anel. E eu vou te
mostrar.” (Gittin 68b)
E aceitando o desafio do Cramulhão, Salomão tirou
as correntes e deu-lhe o anel. Assim que Asmodeus pegou o anel, o engoliu. Então
colocou uma asa no céu, outra na terra e arremessou o Rei Salomão 400 parasangs (1 parasang equivalem a 6 Km.
Logo, Salomão foi arremessado por 2400 Km) começando assim o exílio do Rei
Salomão enquanto quem estava no trono era o demônio Asmedai. Mas isso é uma
outra história para outra ocasião.
Eu num disse que o bagulho era doido?
Por fim, podemos dizer que sim, o mito do Anel de
Salomão é de origem judaica e como no episódio de Constantine, tem o poder de aprisionar demônio. O Anel de
Salomão não está só documentado no Talmud, mas também Josephus ("Ant."
viii. 2, § 5) narra o episódio em que Eleazar exorciza um demônio na presença
de Vespasiano através de um anel, usando encantamentos compostos pelo Solomon Fabricius (Artefato de Salomão).
Hexagramas apareciam em proeminentes literaturas
esotéricas judaicas no início do período medieval e alguns autores levantam a
hipótese que o Selo de Salomão possam preceder antes do início do Islã (Século
6 e.c) e datar do início da tradição esotérica rabínica, ou no início da
alquimia do judaísmo helenizado do século 3 e.c no Egito. Mas não há evidencias
que comprovem. Mas há evidencias concretas de que entrou na tradição
cabalística pela Espanha medieval (Sefarad) através da literatura árabe.
Leia também: Tatuagem em hebraico em John Constantine.
Leia também: Tatuagem em hebraico em John Constantine.
A influência árabe.
E como eu disse no início, o Anel de Salomão é
judaico e ao mesmo tempo também não é judaico. Haja vista que outras culturas
também absorveram a ideia do anel de Salomão. Os árabes, não só absorveram essa
cultura, mas também a desenvolveu inserindo novos elementos.
Foram os árabes que nomearam as estrelas de seis
pontas gravadas nos fundos dos copos como Selo de Salomão (Onde selo pode ser
interpretado como sinete). Está relacionado à história das “Mil e uma noites”
(Capítulo XX) no qual Sinbad, em sua sétima viajem, presenteia Harun AL-Rashid
um copo no qual havia uma tabula de Salomão gravado em seu fundo.
Os escritores árabes declararam que também que
Salomão recebeu quatro jóias de diferentes anjos, e ele os colocou em um único
anel (Não, não confunda com o Um Anel do O
Senhor dos Anéis) assim podendo
controlar os quatro elementos. Também foram os árabes que usando a tradição
judaica de que o anel possuía o Mais Importante Nome de D’us (alguns autores
diz se referir ao tetragrama ou quem sabe o nome de 72 letras?), acrescentaram
o fato de que o anel foi dado diretamente do Céu. O anel era feito de bronze e
ferro e as duas partes eram usadas para selar documentos de comando para
espíritos bons e maus. Em um dos contos, o demônio Asmedai (Asmodeus) – (alguns
dizem que foi Sakhr) tomou o anel e reinou por quarenta dias. Em uma variante
do conto do anel de Policrates de
Heródoto, o demônio eventualmente
jogou o anel ao mar que foi engolido por um peixe. Depois o peixe foi capturado
por um pescador que devolveu o anel ao Rei Salomão. Na escatologia muçulmana, o Dabbat
al-ard (a Besta da Terra) possui o
cajado de Moisés e o Selo de Salomão e usará para estampar o nariz dos infiéis.
Voltando aos Quadrinhos.
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Seraph possui o Anel de Salomão |
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O herói Seraph - DC Comics |
Não posso terminar de falar de O Anel de Salomão sem mencionar o mais
judeu de todos os super-heróis judeus. Sim, estou falando do Seraph. E por que
ele é o mais judeu dos judeu?? Pois ele nasceu em Israel e não nos Estados
Unidos. Seraph, Um professor judeu de Israel de nome Chaim Lavon. Ele possuía a
força de Shimshon (Sansão), o cajado de Moisés (que aumentava de tamanho e
produzia terremotos e controlava os mares), o manto de Elijah (Elias - Que dava
a Seraph certa invulnerabilidade) e claro o Anel de Salomão (Que dava
inteligência e o teleportava para qualquer lugar).
Brevíssima conclusão
Eu sempre fico contente ao ver autores que se preocupam com pequenos
detalhes e fazem o dever de casa quando escrevem livros, seriados, filmes, etc.
Os autores desse episódio estão mais de que de parabéns.
O que achei super digno de nota, foi o fato de que foi usado o Anel de
Salomão para aprisionar um demônio. Segundo a conversa entre Constantine e a
Zed (Se vc não viu o vídeo que eu pus no início do post, não se
preocupe, eu pus de novo aqui em baixo). Mesmo com poucas palavras, os autores
disseram muita coisa. Inciando com o fato de que o Selo de Salomão não é a
Estrela de David (Maguen David). Depois ele explica que Salomão usava o anel
para prender gênios (djins), e os autores o fizeram o Constantine gravar o selo
de Salomão em uma garrafa, uma bela alusão aos mitos dos gênios na garrafa das
Mil e Uma Noites. E por fim, a relação entre gênios e demônios.
Claro que há outras conexões bem interessantes no episódio. A questão do
nome: “Feast of Friends” (Banquete de amigos). Onde um antigo colega de banda de
Constantine e viciado em drogas pesadas, soltou um Demônio de Fome. Esse
demônio é possui uma fome voraz e obriga a pessoa incorporada
incontrolavelmente matar o desejo de comida e paralelo a isso, o amigo do
Constantine também é incontrolável em sua necessidade por drogas e de pano de
fundo, esse demônio de fome agia no Sudão, se aproveitando da fome das pessoas
miseráveis. Muitos paralelos e conexões interessantes que merecem ser
apontadas.
E terminando esse post, vou deixar uma pergunta no ar. Se você leu esse
post até aqui eu te pergunto: Qual a diferença entre a Estrela de David e o
Selo de Salomão?
Leia também: Tatuagem em hebraico em John Constantine.
Leia também: Tatuagem em hebraico em John Constantine.
Seal of solomon ring of solomon star david
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domingo, maio 25, 2014
O Lado Cabalístico de Star Wars.
E aí pessoal! Hoje é dia 25 de Maio, o Dia do Orgulho Nerd. No mundo todo, nerds de todas as classes, ordens, tribos e clãs estão unidos para mostrar ao mundo o seu orgulho pelo seu estilo de vida. A data foi escolhida pois foi no dia 25 de Maio de 1977 que estreou o filme Star Wars. Mais informações sobre o Dia do Orgulho Nerd, clique AQUI.
E não é por menos que para celebrar essa data que para todos nós tem um significado muito especial, eu trago a vocês esse artigo que foi escrito a muito, muito tempo em uma galáxia muito, muito distante pelo meu grandessíssimo irmão Raniery Zarchai.
Que a Força esteja com todos vocês e Vida Longa e Próspera!
André Ranulfo
O LADO CABALÍSTICO DE STAR WARS.
Que pena que os Rabinos não usam capas e sabres de luz (lightsabers), mas a ideia por trás dos Cavaleiros Jedi está repleta de conceitos Judaicos.
Mas como assim? Star Wars ocorreu a muito, muito tempo, em uma galáxia muito muito distante...e lá nem se reza nem o Shemá!!! Então, o que a Força, o Lado Escuro, os Cavaleiros de Jedi e os Sabres de Luz têm a ver com judaísmo?!
Pois muito mais do que supõe nessa minha mente Judia Nerd, Star Wars e a Torah tem mais em comum do que podemos pensar.
O judaísmo afirma que a Força é o supremo poder do universo, ela é “Em Lo Demut há Guf Ve’eno Guf” e permeia tudo e a todos, por ela o homem compreende sua função do mundo e pode estar em comunhão com os grãos de areia ou com as estrelas. Ela é una e única.
O judaísmo ensina que apenas com a consciência de que Shivit H” Legenid Tamid” podemos desempenhar nossos mais elevados propósitos, e viver sem essa consciência nos iguala a animais. O Jedi mantém sua mente firma no estudo da Força, um bom Judeu mantém em dia seus estudos da Torah. Um Jedi afirma que conhecer a Força o permite controlar o Universo por então conhecer suas leis, um judeu sabe que seu exercício de livre arbítrio, depende do quanto mais ele conhece a Lei; quanto mais conhecedor mais livre ele torna-se e mais “poder” ele adquire.
O Lado iluminado e o lado sombrio.
O mestre Yoda ensina de forma simples, mas profunda; faz seu aluno desaprender aquilo que tinha aprendido, ajudando a sintonizá-lo no mundo sutil ao seu redor para aprender suas verdades. O Jedi afasta camadas do mal, conectando-se com sua bússola interna. Isso abre as fontes de bondade inata e libera o fluxo vindo do Lado da Luz. Um bom judeu aprende a controlar o Yetzer Hará 1, mas tem a informação de que, caso não destrua as camadas, “Kelipots” 2 do mal, o influxo da Luz jamais estará sobre ele!
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Cavaleiros Jedi, que aprendem desde cedo a canalizar o Lado Iluminado da Força. Eles não permitem que o Lado Sombrio os dominem. |
O Jedi aprende que cada partícula do desejo de ir contra D’us cria distância. Nada é mais precioso que a proximidade com D’us, e toda falha de caráter é tratada com um intruso tentando quebrar este relacionamento, o Jedi luta todo tempo contra seu “Sith” interior. Ele sabe que ceder ao Sitra Achará 3 (Lado Sombrio) é muito sedutor e mais fácil, mas que a distância da Força o irá deformar e fazer sofrer. Lembram do Imperador Palpatine? Deformado, àquilo que ele internaliza sabe que sairá em forma de comportamento e nas formas de seu corpo.
Um Jedi para e escuta a Força, que fala de dentro dele... De forma sutil e constante. É a voz do Anjo da Guarda, são os recados de D’us, que nós judeus temos que aprendem a ler no dia a dia. São os influxos cabalísticos daquilo que pedimos em nossas orações.
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Os Sith utilizam o Lado Sombrio, da mesma forma quando nós deixamos ser influenciados pelo yetzer harah (Má inclinação). |
Sempre escuto em casa que não devemos nos apegar ao passado e nem viver com a mente cheia de sonhos no futuro, devemos viver o aqui e o agora, com responsabilidade. Mas porque esse foco no agora?
O Lado Sombrio vem para nos confundir.
Todo ser humano é composto de duas partes — corpo e alma. O corpo procura prazeres temporais de honra, comida, luxúria. A alma busca os eternos e mais profundos prazeres do amor, significado e conexão.
O Jedi sabe que embora o prazer físico seja uma parte essencial da vida, é apenas um meio que leva a prazeres mais elevados; porém não os dispensa. Comer bem, viver bem, divertir-se são fundamentais ao desenvolvimento do corpo; mas a verdadeira liberdade é a capacidade de colocar a alma no controle. O Guerreiro Sith escolhe uma trilha diferente. Seduzido pela cobiça e pelo poder, ele segue as tentações do Lado Escuro. O judaísmo chama isso de Yetser Hará — as forças auto-destrutivas que nos afastam de D’us . Essa força é “auto-destrutiva” ela vem de dentro, é nossa! Temos que vencer o Sith interno todos os dias.
O Lado Escuro dá uma falsa ilusão. Por detrás do glamour e poder Sith existe dor, tristeza e incompreensão. Foi a dor não compreendida e aceita de o personagem Anakim, com a morte de sua mãe que desceu seu nível, quando assassinou todo o “Povo da Areia”.
A batalha pelo bem e mal é travada usando poderes muito mais perigosos que Sabres da Luz - Os sentimentos humanos!
No final, a batalha entre o bem e o mal é travada dentro de cada um de nós. Nosso desafio é resistir às tentações do Lado Escuro — e com a ajuda de D’us , nos tornar um mestre do próprio eu.
Notas:
1 - Kelipots (Também conhecido como klipots). Literalmente quer dizer cascas. É uma figura metafórica para explicar os obstáculos que se "colocam" entre D'us e o homem.
2 - Yetzer Hará - Literalmente quer dizer a má inclinação. A mal impulso que todos nós possuímos. São os desejos e necessidades carnais. São desde necessidade como dormir ou se alimentar, como também desejos negativos e vícios.
3 - Sitra Achara - Segundo a Cabalá, a questão teológica da natureza e da origem do mal, de acordo com o ponto de vista de alguns cabalistas o "mal" é uma "qualidade de D'us", afirmando que a negatividade entra na essência do Absoluto. Neste ponto de vista, é concebida de que o Absoluto precisa mal para "ser o que é", ou seja, de existir. Textos fundamentais da Cabalá medieval concebe o mal como um paralelo demoníaco ao sagrado, chamado de Sitra Achara (o "Outro Lado").
3 - Sitra Achara - Segundo a Cabalá, a questão teológica da natureza e da origem do mal, de acordo com o ponto de vista de alguns cabalistas o "mal" é uma "qualidade de D'us", afirmando que a negatividade entra na essência do Absoluto. Neste ponto de vista, é concebida de que o Absoluto precisa mal para "ser o que é", ou seja, de existir. Textos fundamentais da Cabalá medieval concebe o mal como um paralelo demoníaco ao sagrado, chamado de Sitra Achara (o "Outro Lado").
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