E aí pessoal! Hoje é dia 25 de Maio, o Dia do Orgulho Nerd. No mundo todo, nerds de todas as classes, ordens, tribos e clãs estão unidos para mostrar ao mundo o seu orgulho pelo seu estilo de vida. A data foi escolhida pois foi no dia 25 de Maio de 1977 que estreou o filme Star Wars. Mais informações sobre o Dia do Orgulho Nerd, clique AQUI.
E não é por menos que para celebrar essa data que para todos nós tem um significado muito especial, eu trago a vocês esse artigo que foi escrito a muito, muito tempo em uma galáxia muito, muito distante pelo meu grandessíssimo irmão Raniery Zarchai.
Que a Força esteja com todos vocês e Vida Longa e Próspera!
André Ranulfo
O LADO CABALÍSTICO DE STAR WARS.
Que pena que os Rabinos não usam capas e sabres de luz (lightsabers), mas a ideia por trás dos Cavaleiros Jedi está repleta de conceitos Judaicos.
Mas como assim? Star Wars ocorreu a muito, muito tempo, em uma galáxia muito muito distante...e lá nem se reza nem o Shemá!!! Então, o que a Força, o Lado Escuro, os Cavaleiros de Jedi e os Sabres de Luz têm a ver com judaísmo?!
Pois muito mais do que supõe nessa minha mente Judia Nerd, Star Wars e a Torah tem mais em comum do que podemos pensar.
O judaísmo afirma que a Força é o supremo poder do universo, ela é “Em Lo Demut há Guf Ve’eno Guf” e permeia tudo e a todos, por ela o homem compreende sua função do mundo e pode estar em comunhão com os grãos de areia ou com as estrelas. Ela é una e única.
O judaísmo ensina que apenas com a consciência de que Shivit H” Legenid Tamid” podemos desempenhar nossos mais elevados propósitos, e viver sem essa consciência nos iguala a animais. O Jedi mantém sua mente firma no estudo da Força, um bom Judeu mantém em dia seus estudos da Torah. Um Jedi afirma que conhecer a Força o permite controlar o Universo por então conhecer suas leis, um judeu sabe que seu exercício de livre arbítrio, depende do quanto mais ele conhece a Lei; quanto mais conhecedor mais livre ele torna-se e mais “poder” ele adquire.
O Lado iluminado e o lado sombrio.
O mestre Yoda ensina de forma simples, mas profunda; faz seu aluno desaprender aquilo que tinha aprendido, ajudando a sintonizá-lo no mundo sutil ao seu redor para aprender suas verdades. O Jedi afasta camadas do mal, conectando-se com sua bússola interna. Isso abre as fontes de bondade inata e libera o fluxo vindo do Lado da Luz. Um bom judeu aprende a controlar o Yetzer Hará 1, mas tem a informação de que, caso não destrua as camadas, “Kelipots” 2 do mal, o influxo da Luz jamais estará sobre ele!
Cavaleiros Jedi, que aprendem desde cedo a canalizar o Lado Iluminado da Força. Eles não permitem que o Lado Sombrio os dominem. |
O Jedi aprende que cada partícula do desejo de ir contra D’us cria distância. Nada é mais precioso que a proximidade com D’us, e toda falha de caráter é tratada com um intruso tentando quebrar este relacionamento, o Jedi luta todo tempo contra seu “Sith” interior. Ele sabe que ceder ao Sitra Achará 3 (Lado Sombrio) é muito sedutor e mais fácil, mas que a distância da Força o irá deformar e fazer sofrer. Lembram do Imperador Palpatine? Deformado, àquilo que ele internaliza sabe que sairá em forma de comportamento e nas formas de seu corpo.
Um Jedi para e escuta a Força, que fala de dentro dele... De forma sutil e constante. É a voz do Anjo da Guarda, são os recados de D’us, que nós judeus temos que aprendem a ler no dia a dia. São os influxos cabalísticos daquilo que pedimos em nossas orações.
Os Sith utilizam o Lado Sombrio, da mesma forma quando nós deixamos ser influenciados pelo yetzer harah (Má inclinação). |
Sempre escuto em casa que não devemos nos apegar ao passado e nem viver com a mente cheia de sonhos no futuro, devemos viver o aqui e o agora, com responsabilidade. Mas porque esse foco no agora?
O Lado Sombrio vem para nos confundir.
Todo ser humano é composto de duas partes — corpo e alma. O corpo procura prazeres temporais de honra, comida, luxúria. A alma busca os eternos e mais profundos prazeres do amor, significado e conexão.
O Jedi sabe que embora o prazer físico seja uma parte essencial da vida, é apenas um meio que leva a prazeres mais elevados; porém não os dispensa. Comer bem, viver bem, divertir-se são fundamentais ao desenvolvimento do corpo; mas a verdadeira liberdade é a capacidade de colocar a alma no controle. O Guerreiro Sith escolhe uma trilha diferente. Seduzido pela cobiça e pelo poder, ele segue as tentações do Lado Escuro. O judaísmo chama isso de Yetser Hará — as forças auto-destrutivas que nos afastam de D’us . Essa força é “auto-destrutiva” ela vem de dentro, é nossa! Temos que vencer o Sith interno todos os dias.
O Lado Escuro dá uma falsa ilusão. Por detrás do glamour e poder Sith existe dor, tristeza e incompreensão. Foi a dor não compreendida e aceita de o personagem Anakim, com a morte de sua mãe que desceu seu nível, quando assassinou todo o “Povo da Areia”.
A batalha pelo bem e mal é travada usando poderes muito mais perigosos que Sabres da Luz - Os sentimentos humanos!
No final, a batalha entre o bem e o mal é travada dentro de cada um de nós. Nosso desafio é resistir às tentações do Lado Escuro — e com a ajuda de D’us , nos tornar um mestre do próprio eu.
Notas:
1 - Kelipots (Também conhecido como klipots). Literalmente quer dizer cascas. É uma figura metafórica para explicar os obstáculos que se "colocam" entre D'us e o homem.
2 - Yetzer Hará - Literalmente quer dizer a má inclinação. A mal impulso que todos nós possuímos. São os desejos e necessidades carnais. São desde necessidade como dormir ou se alimentar, como também desejos negativos e vícios.
3 - Sitra Achara - Segundo a Cabalá, a questão teológica da natureza e da origem do mal, de acordo com o ponto de vista de alguns cabalistas o "mal" é uma "qualidade de D'us", afirmando que a negatividade entra na essência do Absoluto. Neste ponto de vista, é concebida de que o Absoluto precisa mal para "ser o que é", ou seja, de existir. Textos fundamentais da Cabalá medieval concebe o mal como um paralelo demoníaco ao sagrado, chamado de Sitra Achara (o "Outro Lado").
3 - Sitra Achara - Segundo a Cabalá, a questão teológica da natureza e da origem do mal, de acordo com o ponto de vista de alguns cabalistas o "mal" é uma "qualidade de D'us", afirmando que a negatividade entra na essência do Absoluto. Neste ponto de vista, é concebida de que o Absoluto precisa mal para "ser o que é", ou seja, de existir. Textos fundamentais da Cabalá medieval concebe o mal como um paralelo demoníaco ao sagrado, chamado de Sitra Achara (o "Outro Lado").
Esses meus Amigos e Irmãos... parabéns pelo trabalho e por saber que andam trocando idéias!
ResponderExcluirMuito bom Raniery Zachai e Andre Ranulfo peço permissão para compartilhar adoro estudar estes textos.
ResponderExcluirCara amei as colocações, vou mostras esse sitio para os meninos, que a boa fortuna esteja com todos os Shaverim.
ResponderExcluirMilton Madeira.