sábado, março 22, 2014

SAUL GEFTER - Uma vida em prol da Torah. Um herói para o povo BneiAnussim.



SAUL GEFTER – Um Herói do Judaísmo 
                                    
RÚSSIA
Que tal fazer uma viagem no tempo e aterrissar, ainda que em pensamento, na  Moscou de 1971, em pleno regime comunista, quando era terminantemente proibido produzir qualquer material de natureza religiosa, especialmente judaico? Os poucos livros de orações das sinagogas já estavam com suas páginas puídas de tanto uso, pois não passavam de relíquias impressas ainda ao tempo dos czares. Vamos dar uma olhada, agora, no que está acontecendo no interior do prédio da Embaixada Norte-Americana, onde acaba de chegar um malote diplomático. Apesar do clima de desconfiança que permeava as relações entre Washington e Moscou à época, os funcionários soviéticos não se atreveriam a abrir e vasculhar o conteúdo da mala recém entregue. Porque, se o fizessem, teriam tido uma enorme surpresa, ao deparar com talitot, tefilim, mezuzot e livros de orações em hebraico. O destinatário daqueles objetos era um diplomata judeu norte-americano, Saul Stuart Gefter, que fazia a ponte entre o Rebe, no Brooklin, e as sofridas e discriminadas coletividades israelitas da Rússia.







Para fazer com que esses materiais conseguissem ultrapassar os rígidos controles do regime e chegassem intactos às localidades da União Soviética, onde ainda existiam sinagogas, era preciso requerer, previamente, uma permissão especial do governo russo e Saul Gefter, não fez outra coisa nos dois anos em que serviu como diplomata naquele país, do que alegar curiosidade turística para poder viajar pelos quatro cantos do seu território. Munido das permissões e dos endereços, Saul viajava nos finais de semana às localidades selecionadas, portando uma pesada sacola. Adentrava o recinto da sinagoga durante o Shabat  e, sem falar uma única palavra com qualquer um de seus freqüentadores, fazia suas orações em silêncio.  Ao se retirar, tão sorrateiramente como havia entrado, "esquecia" intencionalmente a sacola com os materiais litúrgicos enviados pelo Rebe, por sinal um velho amigo de sua família.


O Rebe

Graças a esse trabalho de formiguinha Saul conseguiu manter viva a chama do judaísmo em nada menos de vinte e uma importantes cidades russas durante um bom período de tempo. Caso tivesse sido descoberto, poderia ter provocado um incidente diplomático entre os dois países. Na viagem que fez à distante Irkutsk, na gelada e tristemente famosa Sibéria, Saul liderou os serviços religiosos de Rosh Ashaná e Yom Kipur para nada menos de trezentas pessoas.
CUBA
Após a instalação da ditadura castrista em Havana, Estados Unidos e Cuba  romperam relações diplomáticas e a Embaixada da Suíça ficou encarregada de representar os interesses norte-americanos no país. A outrora dinâmica  comunidade judaica de Cuba minguava a olhos vistos e estava ficando difícil conseguir reunir dez judeus do sexo masculino para o minian. Saul, designado  pelo governo norte-americano para atuar na representação do país helvético entre 1981 e 1984, fez o que estava ao seu alcance para evitar a interrupção dos serviços religiosos nas sinagogas de Havana.


Patronato – Sinagoga em Havana

A cada sábado comparecia a um dos templos judaicos da capital cubana, procurando não só levar alento a seus freqüentadores como também completar o número mínimo de fiéis para que o Sefer Torá pudesse ser retirado do Aron Akodesh e se procedesse à leitura da perashá da semana. Pode-se creditar a Saul Gefter o fato do judaísmo naquele país caribenho ter conseguido ultrapassar alguns dos piores anos da repressão religiosa do regime.
BRASIL
Saul chegou ao nosso país em 1975, na função de Primeiro Secretário da Embaixada Norte-Americana em Brasília, cargo que ocupou até 1981.  Durante sua estada no Planalto participou da fundação da ACIB, a entidade judaica da capital federal. Encantado com o Brasil, retornou ao país em 1988, período em que exerceu a função de Cônsul na Cidade do Rio de Janeiro.


Consulado Norte-Americano – Rio de Janeiro

Ao se aposentar na carreira diplomática, decidiu permanecer no Brasil, fixando residência na Cidade Imperial de Petrópolis. Paralelamente às atividades privadas, como advogado e consultor de empresas, manteve uma intensa vida comunitária, como membro fundador e diretor executivo da Congregação Judaica P'nei Or, de 2000 até a atualidade. E foi justamente na Sinagoga P'nei Or, do rito sefaradi, que travou contato com uma realidade até então pouco conhecida por ele. Ficou sabendo que o Brasil havia recebido expressivas levas de judeus convertidos à força e perseguidos no período colonial português. E que muitos descendentes desses judeus, os chamados Anussim, aspiravam poder retornar à fé ancestral, encontrando dificuldades para fazê-lo. Para quem, em defesa dos ideais judaicos, havia enfrentado os riscos do totalitarismo soviético e de sua nanica filial latino-americana, acolher os descendentes dos judeus ibéricos forçados à conversão seria uma tarefa bem menos complicada. Junt amente com o Engenheiro Isaac Kayat  e demais membros da sua sinagoga organizou um programa de estudos judaicos para preparar os candidatos e candidatas à conversão e retorno dentro dos princípios da Halachá, a lei mosaica. Estava difícil encontrar no Brasil um rabino disposto a realizar as cerimônias? Para Saul Gefter, acostumado a superar dificuldades aparentemente intransponíveis, isso não se constituía em problema. Um rabino baseado em Miami, Abraham Deleon Cohen, encarregar-se-ia da cerimônia, que incluiria a imersão nas águas límpidas de uma nascente de águas puras no topo da serra de Petrópolis, que funcionaria como mikvê, o banho ritual judaico. Saul Gefter e Isaac Kayat, auxiliados pelos ativistas Haim Nigri, José Behar e David Albagli auxiliaram o Rabino Deleon a realizar a cerimônia coletiva de conversões e retornos em fevereiro passado. Nada menos de vinte pessoas, provenientes dos quatro cantos do Brasil, puderam realizar o sonho de se converte r ou retornar à fé de seus antepassados. Alguns celebraram seus BarBat-Mitzvas, além de realizar as ansiosamente aguardadas cerimônias religiosa de núpcias.


Grupo de Bnei Anussim – Petrópolis, Fevereiro de 2014

Saul aproveitou a oportunidade para revelar que tinha começado sua carreira de ativista ainda muito cedo.  Relatou um episódio acontecido logo após o término da Segunda Guerra quando, com apenas nove anos de idade, juntamente com seu pai, David, o avô Samuel e o tio-avô Alexandre, ajudava-os a embalar e encaixotar fuzis que seriam enviados à Haganá, o exército do então embrionário Estado de Israel, que travava uma luta de vida ou morte pela independência do país. Depois de 1948, participou ativamente em campanhas de arrecadação de fundos nas estações do metrô e pontos de bondes da Big Apple, destinados ao Keren Kayemet, entidade encarregada de reflorestar o recém fundado e semi-desértico Estado. Oxalá existissem mais ativistas comunitários com o desprendimento, a coragem e a força de vontade de um Saul Gefter. 
Por Nelson Menda – Miami - EUA

segunda-feira, março 10, 2014

Capitão América - Defensor do American Way e do Povo Judeu. (Atualizado)



O que a Torah diz sobre o Capitão América? Qual as ligações entre o herói e judaísmo? Qual lição aprendemos com o Capitão América?


Como conheci o Capitão América

Eu achava que o Capitão Aza e o Capitão América eram
a mesma coisa devido a letra A com, asinhas no capacete.
Quando eu era guri nos anos 80, eu era muito fã do Capitão América. No fim dos anos 70 eu assistia os desenhos animados da Marvel que eram exibidos no programa do Capitão Aza. (Aliás, até meus quatro anos de idade, eu achava que o Capitão Aza era o Capitão América por causa da letra A com asinhas em seu capacete). 

Para quem não viveu essa época, assista a abertura do desenho do Capitão América) E para quem viveu, vale a pena recordar). São só 25 segundos.



Havia algo de altivo naquele personagem que me fascinava. O patriotismo, a envergadura moral, o escudo que ele jogava nos malfeitores que sempre voltava na mão dele, sem contar com os murros e acrobacias de tirar o fôlego. Quando chegou 1985 eu tinha meus 12 anos. Foi a primeira vez que a minha ficha caiu sobre a Segunda Guerra Mundial. Era os 40 anos do fim do conflito e toda mídia – que na época, se limitava a TV, rádio, jornais e revistas - só falava sobre o assunto. E por coincidência, naquele mesmo ano, o Delegado Romeu Tuma havia encontrado a sepultura do carrasco nazista Dr. Josef Mengele, o Anjo da Morte.

Aquele assunto me chamou tanta atenção, que quando menos percebi, estava eu, um guri de 12 anos, lendo qualquer coisa que vinha a minha mão sobre a Segunda Guerra (Aliás, nunca parei de ler sobre). A mídia brasileira focava principalmente nas ações heróicas da FEB e do 1º Grupo de Aviação de Caça da Força Aérea Brasileira (Senta a Púa!). Mas uma matéria de várias páginas na antiga Revista Manchete me mostrou o outro lado obscuro e tenebroso da guerra. Foi aí que descobri as atrocidades do holocausto.
Já no primeiro número, o Capitão América
nocauteia Hitler.

Daí em diante, o Capitão América tomou uma proporção muito maior na minha visão de garoto. Ele era personagem que esmurrava e punha nazistas pra correr. Seu arqui-inimigo, o Caveira Vermelha era a personificação dos terríveis carrascos nazistas como o Josef Mengele da vida real. Eu sabia o que esses nazistas eram capazes de fazer, por isso, entendia a importância do trabalho do Capitão América em defender o mundo daqueles seres perversos.

A primeira história em quadrinhos que eu li do Capitão América que eu li, foi também naquele ano. Foi em na cidade de Vitória de Santo Antão – PE. Eu estava de viagem visitando a família. Meu pai me deu uns trocados e eu fui à feira local. Lá havia uma barraca que vendia revistas usadas onde eu comprei uma edição com várias histórias. Fui sortudo, naquela edição eles republicaram a origem do Capitão América e lembro muito bem que eu fiquei fascinado. Eu havia me identificado com a origem do herói e sua missão em libertar o mundo da ameaça nazista.

Com o fim da Guerra, o apelo do Capitão América desapareceu as vendas despencaram até que cancelaram a publicação. Só nos anos 60 foi que Stan Lee teve a ideia de reviver o personagem para compor seu novo grupo de heróis “Os Vingadores”.

Comigo, o apelo do Capitão América caiu quando eu tinha meus 15 anos. Foi quando eu entrei numas de ser esquerda modinha (Sim, por incrível que pareça, já fui comunista, mas não espalha!)

Leia também

Superman e o judaísmo.


A origem do Capitão América

Página de "Captain America #1". Mostrando a
transformação de um franzino recruta
em um super soldado.
Março de 1941 foi publicado a primeira edição do Capitão América. Na história, o jovem e franzino Steve Rogers tenta inutilmente se alistar no exército para combater as forças do Eixo. Seu porte físico estava muito aquém do que o exército precisava para os recrutas, ao ser posto de lado, Steve ficou choramingando pelos cantos, até que um militar de alta patente se sensibilizou com o espírito patriótico do rapaz e o convidou para fazer parte de um experimento chamado “Operação Renascimento” que estava sob responsabilidade do Dr. Reinstein. (Na verdade, seu nome era Dr.Abraham Erskine, Reinstein era seu codinome).
O espião nazista mata do o Dr.Erskine

Na experiência, Dr.Erskine injetou nele no recruta o “Soro do Super Soldado”, uma fórmula super secreta que só o Dr.Erskine sabia de memória,  pois temia que a fórmula pudesse cair em mãos erradas. Este soro fazia com que qualquer pessoa se tornasse 
um super atleta. A idéia simples, criar um exército de super soldados para combater a ameaça nazista na Europa. 

A experiência foi um sucesso e o magricelo Steve Rogers se tornou um soldado parrudão.  Infelizmente, havia um espião nazista infiltrado na experiência que matou o Dr.Erskine e  junto com ele a fórmula secreta e o sonho de um super exército. 

O exército então pôs o Steve Rogers (agora saradão ) pra treinar. Desde artes marcias até estratégias de guerra. Confeccionaram para ele um escudo indestrutível e um uniforme super patriótico. O colocaram em um avião e o mandaram para lutar na Europa. E assim nasceu o Capitão América. Sua primeira missão era acabar com os planos de sua contraparte nazista, o Caveira Vermelha. Um carrasco nazista medonho e como o nome já dizia, tinha a cara de uma caveira vermelha.
Dr.Abraham Erskine e o ainda franzino Steve Rogers -
 Na versão para o cinema:
Capitão América - O Primeiro Vingador (2010). 

O Capitão “Judeu”?

O Capitão América foi criado pelos judeus Joe Simon e Jack Kirby – Simon uma vez disse que o Capitão América, “Era nossa forma detonar com a ameaça nazista”.

Já na primeira capa, vemos o Capitão América dando um soco muito bem dado na cara de Hitler. Podemos ver essa capa como uma metáfora profética do que um dia acabou se realizando. A queda do Terceiro Reich.

O arqui-inimigo - O Caveira Vermelha.
Na história, podemos ver muitos elementos (Por mais que sejam fictícios que sejam) um reflexo da realidade. Podemos encontrar facilmente de onde Simon e Kirby tiraram suas inspirações para as histórias do Capitão América. 

Começando pelo fato que o nazismo era (e ainda é) uma ameaça real a democracia. A guerra estava só no início. A primeira edição foi publicada 9 meses antes do ataque a Pearl Habour, levando os EEUU entrou na Segunda Guerra.

Os líderes do Partido Nazistas assim como os generais de Hitler, pragmáticos, frios e cegos em sua ideologia foram representados pelo Caveira Vermelha. O assunto dos campos de extermínio nunca foi tema dos quadrinhos dos anos 40 pelo fato de que os campos ainda eram desconhecidos na época. Mesmo depois da revitalização do personagem nos anos 60, o tema do holocausto sempre foi um tabu.

A inspiração para o cientista que desenvolveu o “Soro do Super Soldado”, o Dr. Abraham Erskine pode ser facilmente apontada como judeu. O seu codinome "Dr. Reinstein" tem uma forte semelhança com o físico judeu Albert Einstein. Muitos cientistas alemães não quiseram colaborar com Hitler e acabaram saindo da Alemanha achando um porto seguro nos EEUU. Inclusive, muitos cientistas alemães ajudaram os Aliados com o desenvolvimento de tecnologia bélica, dentre a mais conhecida de todas, temos  Bomba H. Depois da guerra, houve a Operação Paperclip que teve como objetivo recrutar cientistas alemães para migrar e trabalhar nos EEUU. Dentre eles, está o famoso famoso Wernher von Braun.

O esteriótipo do cientista judeu humanista que trabalha em conjunto com os EEUU é comum em Hollywood. Temos como exemplo mais icônico o famoso Dr. David Levinson em Independence Day. (Lembra? Aquele cientista de óculos que teve a ideia de por um vírus no computador dos alienígenas... lembrou?) – Se bem que de um tempo para cá, vemos cada vez mais Hollywood substituir judeus por indianos como cientistas.

Fazendo um paralelo, podemos perceber a colaboração mútua que existe entre os Estados Unidos e o povo judeu, uma simbiose onde os Estados Unidos da América é o defensor de todos os seus cidadãos. Em troca, o povo judeu contribuiu nos campos da ciência, artes, entretenimento, indústria, comércio, etc. 

O que diz a Torah?


הַקֹּל קוֹל יַעֲקֹב, וְהַיָּדַיִם, יְדֵי עֵשָׂו
A voz é de Yaakov e as mãos, mão de Essav. 
(Bereshit/Genesis 27:22) 



É um erro ler a Torah apenas no nível literal. A história de Yaakov (Jacó) e Essav (Esaú) não pode ser lida apenas como um conto de um velhinho cego e que confundiu seu filho mais velho com o mais novo.  Há coisas muito mais profundas no texto.

Yaakov engana Isaac e toma a benção de Essav.
Yaakov (Jacó) era o filho inteligente e estudioso, por isso foi representado pela voz. O que a “voz” simboliza? Essa é a faculdade única do ser humano. Animais também se comunicam, mas só o homem é capaz de expressar idéias abstratas. A voz é uma representação do nível intelectual e espiritual do ser humano. Yaakov mais tarde terá uma elevação espiritual e será chamado Israel e seus descendentes foram chamados de Israelitas.

Já Essav (Esaú) é simbolizado pela “mão”, o símbolo do poder da ação, a mão empunha espada e a pena. Essav era totalmente focado na mão, ele era caçador, homem de ação, guerreiro. Tradicionalmente, os descendentes de Essav deram origem ao Império Romano (Ou Edom como é chamado na Bíblia), que igual a Essav, tinha a habilidade de construir e conquistar. A marca indelével do Império Romano existe até hoje na Civilização Cristã Ocidental.   


Mesmo que Yaakov e Essav sejam forças contrárias, podemos ver na história, que a sinergia entre essas duas forças sempre foram positivas. Vemos claramente o papel de Judeus como Don Issac Abravanel nas finanças da Península Ibérica e a contribuição de cientistas judeus na Escola de Sagres (Que contribui para as Grandes Navegações Portuguesas). Esses dois exemplos conseguem resumir essa união. O intelecto judeu com a habilidade de ação da cristandade.

Esse exemplo também é bem claro nos Estados Unidos. Esse é um grande país que teve toda sua fundação baseada nos valores cristãos e soube abrir suas portas para todos que queriam somar.  A contribuição de judeus nos mais diversos campos na história dos Estados Unidos foi determinante.

O fruto da mente do Dr. Abraham Erskine (Judeu) e a força de vontade de agir em prol de um bem maior do recruta Steve Rogers (cristã ocidental) foram capazes de gerar um herói tão magnânimo quanto o Capitão América.

Essa batalha entre os descendentes de Yaakov e Essav ainda existe claramente. Há muitos comentáristas que dizem que o dia em que houver um equilíbrio entre os filhos de Yaakov e Essav, esta será a era messiânica.


O grande comentarista Rashi  pergunta: "E quando Yaakov Jacob irá para Essav”?  Rashi cita o Profeta Ovadiah que diz: "Um redentor sairá de Sião para julgarem o monte de Essav" Esta é uma clara alusão a Era Messiânica quando até os descendentes de Essav retornarão a D’us e reconhecerão o papel exclusivo do povo judeu na história. Dessa forma, Yaacov, que representa a grande força intelectual, espiritual na história humana, está dizendo para Essav, a grande força física: "Eu lhe dou permissão para ir em frente e dominar a história humana fisicamente. Mas no fim dos dias, quando o 'leão se deitar com o cordeiro', então nós ficaremos juntos. Então os judeus assumirão o seu papel . (Talmud, Avoda Zara 8b)

A luta final será entre as idéias judaicas de Yaakov e as idéias dos filhos de Essav. Fontes judaicas retratam isso como uma batalha cósmica e um tema importante na história judaica. O Talmud usa a analogia de Cesaréia (capital romana administrativa de Israel, construído na costa de Israel mais de 2.000 anos atrás por Herodes, o Grande.) e Jerusalém para ilustrar essa rivalidade.  A Cesaréia representa os filhos de Essav e Jerusalém os filhos de Yaakov.

Cesaréia e Jerusalém: Se alguém vai dizer: "Ambos foram destruídos," não acredito nisso. Se alguém disser: "Ambos estão instalados", não acredito nisso. Mas se eles dizem, "Cesárea foi destruída e Jerusalém está instalada", ou "Jerusalém foi destruída e Cesárea está instalada" - você pode acreditar. (Talmud, Meguilá 6a)


Espero que essa união não fique só nas metáforas dos quadrinhos, mas que a cada dia, os filhos de Yaakov e Essav possam diminuir suas diferenças e juntos construir obras fenomenais e acelerar a vinda do Mashiach. 

sábado, março 08, 2014

Abel - O filho humilde.


Abel (Hevel) segundo filho de Adam e Chavah é o card que entra no jogo essa semana. 

Adivinha qual será o próximo card?